/
/
SENSIBILIZAÇÃO CANCRO DA MAMA: Testemunho emocionante movimenta EPATV Rosa

SENSIBILIZAÇÃO CANCRO DA MAMA: Testemunho emocionante movimenta EPATV Rosa

EPATV mostra cursos na Festa das Colheitas

EPATV mostra cursos na Festa das Colheitas

Uma emoção silenciosa encheu hoje o auditório da Escola Profissional Amar Terra Verde com o testemunho de uma mãe e avó a quem há dois anos foi diagnosticado cancro da mama que assinalou o Dia Mundial da Saúde da Mama e iniciou o Movimento EPATV Rosa que se prolonga até ao fim deste mês.

Neste mês de outubro, a escola celebra o movimento EPATV Rosa, associando-se ao movimento nacional Onda Rosa criado pela Liga Portuguesa Contra o Cancro para incentivar a prevenção e diagnóstico precoce do Cancro da Mama.

Com intervenções de uma investigadora da Escola de Medicina da Universidade do Minho, Marta Costa, uma psicóloga da Delegação de Braga da Liga Portuguesa contra o Cancro, Joana Rodrigues, e o testemunho de

Margarida Grego, mãe de dois filhos e avó de três netos, os alunos da EPATV ficaram a perceber que é importante falar-se do Cancro da Mama porque é o cancro mais comum na mulher portuguesa afetando não só a pessoa diagnosticada, mas também a sua família e amigos.

Nesta sessão, participaram os alunos do primeiro ano dos Cursos Técnicos de Esteticista, Produção Metalomecânica, Cozinha/Pastelaria, Eletrotecnia, Mecatrónica, Multimédia e Restaurante/Bar.

Foi deveras emocionante para estes jovens o testemunho de Margarida Grego a quem foi diagnosticado cancro triplo negativo em Janeiro de 2017, dia em que “me tiraram o tapete” mas “hoje estou aqui e metade resulta de mim, a outra metade dos médicos”.

Margarida submeteu-se a quimioterapia e “enfrentei a mudança com espírito positivo” e percebei que é neste momento que “os verdadeiros amigos ficam connosco, mas mesmo assim precisei do apoio da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Em determinado momento, nem o marido ou os filhos nos podem ajudar. O medo está sempre presente. Tive sorte porque o meu cancro foi detetado cedo, mas tenho dias em que o coração fica muito apertado”.

Esta mãe de dois filhos e avó de três netos, que trabalha dos recursos humanos de uma multinacional, recorda que “o regresso ao trabalho é muito difícil porque nós mudamos muito”.

Aos jovens presentes pediu-lhes: “tenham paciência com um amigo ou familiar com cancro. Nós damos valor a outras coisas na vida e vivemos mais intensamente. Não adianta esconder-nos no buraco porque um dia vamos todos ter de sair do buraco. Ajudem”. Margarida Grego terminou o seu breve testemunho com o pedido de uma salva de palmas para todos os investigadores da doença do cancro pelos resultados que obtiveram nos últimos 50 anos, dos quais deu conta Marta Costa, da Universidade do Minho.

A sessão abriu com uma intervenção da prof. Joana Gomes, psicóloga da EPATV, a lembrar que a taxa de sobrevivência tem aumentado, contudo morreram no ano passado em Portugal 1.748 mulheres com Cancro da Mama.

Esclareceu que a cor rosa foi escolhida por ser considerada feminina nos países ocidentais modernos e a fita/laço cor de rosa é uma forma de evocar a solidariedade com as mulheres que lutam, atualmente, contra a doença, promovendo a consciencialização para este problema.

IMUNOTERAPIA É A GRANDE DESCOBERTA

A “grande evolução foi conseguida há dois anos (imunoterapia) com a descoberta de James Allison e Tamku Hojo (que lhes valeu o Nobel da Medicina) de uma molécula que ajuda a combater as células cancerígenas. Contudo, acentua que a “prevenção — através de controlo de peso, alimentação saudável, não fumar, fazer exercício físico, não beber álcool, auto-exame e testes genéticos —seja a melhor receita para combater o cancro de mama”.

“Apesar de sabermos cada vez mais, de os tratamentos serem menos agressivos e mais eficazes, há ainda muito trabalho a fazer” — concluiu esta investigadora da Universidade do Minho.

Por sua vez, a psicóloga Joana Rodrigues abordou os diferentes impactos da doença nas pessoas e nas suas famílias, em que as qualidades pessoais e suporte social são determinantes para enfrentar o diagnóstico.

A intervenção do psicólogo é “fundamental para a normalização, a explicação da doença e tratamentos, aceitação das mudanças, prevenção de recaída e adoção de novos estilos de vida”, mas Joana Rodrigues insistiu na “descoberta precoce e na eficácia dos tratamentos como formas de aumentar a sobrevivência”.

IMG_6208

IMG_6208

IMG_6208

IMG_6208

IMG_6208