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EPATV: sete condimentos para namorar sem violência

EPATV: sete condimentos para namorar sem violência

O namoro sem violência foi o tema de reflexão, no dia 17 de fevereiro, na EPATV, que assenta em sete condimentos: respeito, comunicação, confiança, igualdade, liberdade, honestidade e privacidade.
Estes foram os apelos deixados, em duas sessões de esclarecimento por Alícia Wiedemann, Tatiana Mendes e Luísa Lomba, conselheiras do núcleo de Braga da UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta), aos alunos do 1º e 2º ano do Curso de Esteticista, 1º ano do Curso de Cozinha/Pastelaria, 3º ano do Curso de Multimédia e 2º ano do Curso de Cabeleireiro.

As oradoras apresentaram os resultados de um inquérito realizado pela UMAR e Art.themis, envolvendo 15 tipos de comportamentos violentos. Mais de 65% dos inquiridos reconheceu ter sido vítima de um desses comportamentos e 36% sentiu a violência psicológica como legitimada. Quase metade das raparigas foram vítimas de violência psicológica e quase 64% dos rapazes legitimam o controlo sobre elas.

Dinamizadas pelo SPO (Serviço de Psicologia e Orientação) da EPATV, as sessões destinam-se a sensibilizar os alunos para alimentarem relações humanas saudáveis, estando atentos às suas formas sexual, física, social, económica e psicológica. De facto, assegurou Tatiana Mendes, ideias e atitudes diferentes transformam os comportamentos e só os mais novos podem começar a mudar alguma coisa.
Ao mesmo tempo, as conselheiras da UMAR alertaram os alunos para os sinais de violência numa relação, especialmente, na queda da autoestima, dores de cabeça, nódoas negras, queimaduras, tristeza, ansiedade, sentimento de culpa, depressão, isolamento, baixo rendimento escolar e tentação de suicídio.
Alicia Wiedeman alertou sobre tudo para uma nova forma de violência que é excutada através das redes sociais que viola um Direito Humano que é a privacidade, tantas vezes destruída pela entrega das passwords à ou ao companheiro.
Tatiana Mendes explicou por que são mantidas as relações mesmo quando existe violência: porque gostamos da pessoa agressora e esperamos que a violência termine, acreditamos na mudança, devido à pressão social, por vergonha, medo ou isolamento.