“Se não pões uma foto tua em trajes menores ou em biquini, expondo o teu corpo, à porta da EPATV, por que razão a colocas nas redes sociais?” — perguntou hoje, dia 24 de fevereiro, Andreia Silva, do IPDJ — Instituto Português do Desporto e Juventude — numa sessão sobre a navegação segura na Internet.
Esta estudante da Universidade do Minho falava no auditório da escola, numa jornada dedicada à Internet Segura – cujo Dia Mundial foi celebrado a 7 de fevereiro – e dinamizada pelo Gabinete de Psicologia da Escola.
Andreia Silva estava acompanhada de Sofia Martins e de Glória Teixeira, coordenadora deste programa do IPDJ e Centro Internet Segura. Procurando responder à pergunta inicial — “E tu, navegas em segurança?” — esta voluntária do IPDJ, acrescentou: “se não colocas a foto para ser vista por 600 estudantes da tua escola, por que a colocas numa rede social que atinge milhares de pessoas?”
A palestra envolveu os alunos do CEF de Assistente Administrativo, do Curso Técnico de Mecatrónica e do Curso Técnico de Design de Comunicação Gráfica e serviu para enumerar algumas situações perigosas como os perfis falsos, a proteção de dados e privacidade (poder de controlo da informação sobre cada um de nós), e cyberbullying (ameaças, perseguições, abuso de imagens, roubo de identidade, entre outras).
Sofia Martins avisou para a dependência dos videojogos, “uma diversão que pode evoluir para doença ou dependência que nos faz ignorar outras atividades e compromissos e gera efeitos negativos na vida social, familiar e profissional”.
Sofia Martins aconselhou, nestes casos, a procurar psicoterapia para “aqueles que passam mais de duas horas por dia na Internet ou redes sociais, em atividades não ligadas ao trabalho ou ao estudo”.
A ciberdependência provoca isolamento, sedentarismo, problemas visuais, perturbação do sono, diminuição do rendimento escolar e da auto-estima, a que acrescem problemas familiares.
