Novo governo, ano novo, problemas que vão e vêm.
Eu ainda sou do tempo em que as cidades, os rios e os reis, tinham de estar na “ponta da língua”. Onde a exigência e o rigor eram palavras de ordem e não havia lugar para qualquer tipo de facilitismo.
O recém-empossado governo começa a colocar em prática algumas das suas medidas no que diz respeito ao sistema de ensino. De facto, o sistema educativo em Portugal está necessitado não de teorias, pois estas estão mais do que discutidas e testadas, mas de direção política, de organização, de competência e da imposição de uma cultura de exigência e rigor a todos os níveis.
Neste novo cenário governativo, talvez o ensino devesse ser considerado uma prioridade, é tempo de arrumar a “casa” e rever todo o sistema de administração e gestão escolar, como forma de garantir condições e ferramentas de trabalho quer para os docentes, quer para os alunos, no sentido de aumentar a qualidade do seu desempenho. Aliás, neste momento, já são poucas medidas representativas que restam da anterior governação.
É importante que a aplicação destas novas medidas não seja feita de uma forma avulsa e desordenada, mas sim com a intervenção de toda a comunidade educativa, abrindo espaço ao debate e à reflexão, para que definitivamente se definam os aspectos relevantes para uma reforma educativa.
Este pára e arranca não acrescenta nada de positivo, é necessário salvaguardar os interesses dos jovens e criar condições educativas com vista ao sucesso escolar. É necessário encontrar novos caminhos, novas soluções, modelos alternativos… mudar!
Este é um assunto que carece de uma abordagem mais atenta, mais alargada, menos literal e mais significativa. Resta-nos aguardar, para perceber se este novo “trajeto” que está a ser delineado tem sinal verde, ou se iremos permanecer neste engarrafamento.