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Frio e climatização: empresas digladiam-se por finalistas da EPATV

Frio e climatização: empresas digladiam-se por finalistas da EPATV

Hoje, dia 16 de julho, a Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV), viveu um dia grande com as Provas de Aptidão Profissional (PAP) prestadas pelos finalistas do Curso Técnico Profissional de Frio e Climatização: todos empregados nas empresas onde estagiaram.

Se mais finalistas houvera, mais empregos seriam criados pelas empresas do Baixo Minho após três anos com mais de uma mão cheia de centenas horas práticas e teóricas.

Foi um dia de felicidade para o Diretor do Curso, Aurélio Machado, bem como para os restantes membros do júri presidido pela Diretora pedagógica da EPATV, Sandra Monteiro.

No acompanhamento dos estágios, O Diretor do Curso confirmou que as empresas têm falta de técnicos nesta área e começam também “a alertar a Escola a incentivar os alunos que querem ser Técnicos Superiores que este Curso é o melhor primeiro passo desta caminhada”.

As provas dos alunos foram avaliadas ainda pela Diretora de turma, Carla Veloso, pelo dirigente do SITE (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Centro-Norte), Paulo Amorim, Gerente da JPSR, João Paulo Ribeiro, e professora Ermelinda Leão.

Ao longo da manhã, os alunos apresentaram as suas máquinas com inovações e acrescentos ao trabalho que os finalistas do ano passado não conseguiram concluir por causa da pandemia.

Alexandre Sousa e António Ferreira concluíram uma instalação elétrica numa bancada didática de conservação e congelação e começam a trabalhar — sem pausa para férias — nas empresas onde estagiaram nos últimos dois anos.
Aurélio Machado deu conta de uma situação impensável há anos: “as empresas vêm à escola procurar alunos, antes de acabar o curso e oferecem transporte. Ao que nós chegamos!”.

O momento mais alto da manhã foi protagonizado por Angel Rosário e Marco António Tinoco: o primeiro, como farol de resistência aos dramas da vida e o segundo como um jovem que tem competência e conhecimento para prosseguir os estudos na Universidade.

Angel Pereira Rosário veio com o pai — emigrante na Venezuela há 30 anos — para Vila Verde, para o acompanhar no tratamento de uma doença, deixando a mãe naquele país onde grassa uma enorme crise económica, social e política. Desenvolveu um esforço duplicado na aprendizagem da nossa Língua, adaptar-se a um novo país e nova vida.
“Espero que tenha sido compensador. És um caso de grande sucesso, devido às enormes dificuldades iniciais. És um dos grandes embaixadores da EPATV, uma escola que não deixa ninguém para trás” — desabafou, emocionado, o Diretor do curso.

Outros membros do júri não resistiram e Ermelinda Leão disse: “quero agradecer-te o que me deste. Ter alunos como vós dá sentido à nossa missão de estar aqui como professores”.

Dirigindo-se ao Marco António Tinoco, afirmou: “tens uma capacidade técnica muito versátil. Quem te levar como profissional será um privilegiado. És uma bela pessoa, tens princípios e valores. Vós valeis bem a pena estar deste lado, ser professores”.
Não ficaram sem resposta. Marco António (não tivesse ele nome de Imperador!) agradeceu a “esta equipa fantástica de professores, sempre disponíveis para crescermos humana e tecnicamente”.

O Prof. Aurélio Machado respondeu ao “Imperador”, sublinhando que é um “exemplo. Trabalhas enquanto estudas, ajudas toda a gente e espero que vás estudar num curso superior. Podes ser um grande Engenheiro Mecânico. Trabalha agora um ou dois anos e depois gostava tanto que prosseguisses os estudos superiores”.

Diogo Azevedo, Diogo Araújo e Gabriel Vilela apresentaram a sua PAP: uma Unidade de Tratamento de Ar e Unidade de Temperamento de Ar. Foi um dois em um e os três finalistas vão trabalhar, a partir da próxima semana nas empresas que os acolheram como estagiários.

No final, o Diretor do Curso sublinhou a “evolução ótima porque conseguimos concluir todas as PAP’s e os objetivos propostos, permitindo que eles conseguissem aplicar, na prática, os conteúdos que assimilaram ao longo de três anos, apesar das enormes limitações sanitárias que todos experimentaram”.

Aurélio Machado destaca a “ótima empregabilidade porque vão continuar nas empresas onde estagiaram o que é a melhor prova de que gostaram do que eles e nós fizemos”.

A manhã incluiu ainda a melhoria de uma bancada didática de refrigeração por Cândido Azevedo, Rafael Silva e Tiago Durães cuja vida continua com contratos nas empresas onde estagiaram.