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EPATV sinónimo de Erasmus + reforça a Equidade e a inclusão

EPATV sinónimo de Erasmus + reforça a Equidade e a inclusão

“Não há melhor forma de começar a celebrar os diversos eventos das próximas semanas sobre a inclusão de pessoas com deficiência e minorias”, — disse hoje, em Vila Verde, a Secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência.

Ana Sofia Antunes falava na sessão de abertura do VI Seminário Erasmus + para a Equidade e a Inclusão, de natureza híbrida e a nível internacional, que decorreu na Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV), após a saudação inicial do seu Diretor Geral, João Luís Nogueira, e da Diretora da Agência Nacional Erasmus + Educação e Formação, Ana Cristina Perdigão.

O Erasmus+ é o programa da Comissão Europeia nos domínios da Educação, Formação, Juventude e do Desporto e este Seminário integra-se na celebração do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, que se celebra a 3 de Dezembro. Existem quinze milhões de pessoas com deficiência intelectual na União Europeia e o Erasmus + é uma ferramenta de apoio a estas pessoas para estarem incluídas na comunidade, terem autonomia, qualidade de vida. Este Programa da UE destina-se a favorecer a inclusão e diversidade, a transformação digital num trabalho que “leva tempo, é um trabalho duro, mas tem de ser feito” — sublinhou Maria Pilar Branco, da Agência Nacional de Erasmus +.

Depois de elogiar a cooperação entre diferentes países, a Secretária de Estado — através de videoconferência — enalteceu este programa europeu por “valorizar a maior presença das pessoas com deficiência no espaço Erasmus”, o qual “enriquece e se enriquece com estes projetos” que alimentam a diversidade, apoiam jovens mais desfavorecidos e favorecem o conhecimento”.

Ao longo de um dia cheio de palestras, conferências e prémios a projetos inovadores no domínio do apoio às minorias, o VI Seminário Erasmus + registou a participação de mais de 150 agentes, docentes e dinamizadores de projetos que desenvolvem social, cultural e economicamente os jovens que se encontram na periferia.

João Luís Nogueira não perdeu a oportunidade de dar a conhecer o trabalho inclusivo realizado numa região do Interior minhoto, destacando projetos com relevantes parcerias, como o Eco-Escolas e programas que transformam a EPATV numa escola inclusiva, através de gestão democrática, culto da tolerância, respeito pela diferença, ressaltando o projeto mais recente

em colaboração com a APPACDM de Vila Verde, através da publicação de um livro da realização de um vídeo pelos alunos de Multimédia e pela pintura da mascote da história com intervenção de toda a comunidade EPATV. Trata-se de uma forma de “desenvolver valores nos nossos alunos” que são hoje muito valorizados pelos empresários.

No seu entender, o Programa Erasmus + “é um grande projeto de inclusão e uma forma de alguns jovens conhecerem outras culturas e valorizar a diferença. Por isso, haja Erasmus para toda a vida”.

Seguiram-se vários painéis de debate sobre a diversidade e a mobilidade, igualdade e não discriminação, intercalados com filmes sobre modelos inspiradores de inclusão em Erasmus +.

 A tarde abriu com uma intervenção da representante da Comissão Europeia, Marta Guierrez Benet, a entrega dos Prémios Inclusivo Erasmus E+, entre 29 projetos que se candidataram, seguindo-se a intervenção de Carla Ruivo, coordenadora Erasmus +, da Agência Nacional.

Marta Ramos, da ILGA, lembrou que Portugal ocupa o quarto lugar europeu no reconhecimento dos direitos da orientação sexual dos jovens considerando “o programa Erasmus + pode ser a alavanca para combater estas desigualdades e desmistificar de estereótipos”.

Mais contundente foi Inês Tavares, do Observatório das Desigualdades, ao afirmar que o desemprego dos jovens atinge os 22,6% em Portugal, quase mais seis por cento que a média europeia, apesar de a maior escolaridade corresponder a uma mais baixa taxa de desemprego.

Manuela Portela, diretora ajunta da Agência Nacional Erasmus +, defendeu “mais acesso a mais pessoas com menos oportunidades” e uma maior parceria com os municípios” perspetivando um “longo caminho no derrube de barreiras sociais”.

 A jornada encerrou com um momento de Música pela Inclusão, promovido pela Academia de Música de Vila Verde, com as cantoras líricas Liliana Nogueira e Raquel Fernandes, acompanhadas ao piano por Filipa Andrade, que dignificou e tocou o coração de todos os que se empenham por uma sociedade mais inclusiva, igualitária e equitativa.