O terceiro período iniciou-se na EPATV com a comemoração da Semana da Saúde, que ocorrerá entre os dias 9 e 12 de abril, como já é habitual nesta altura do ano. As temáticas em torno da promoção da saúde e prevenção da doença são áreas de grande importância para a escola e trabalhadas ao longo do ano com toda a comunidade escolar. Durante a semana irão realizar-se diversas atividades no âmbito da saúde física e mental, promovidas pelo Serviço de Psicologia e Orientação da EPATV e pelas alunas do curso Técnico Auxiliar de Saúde 3º ano, visando também a apresentação das suas Provas de Aptidão Profissionais.

Durante a manhã realizou-se uma sessão de esclarecimento sobre a Doença de Alzheimer, dinamizada pela Associação Alzheimer Portugal, delegação do Norte, na pessoa da Marta Melo, Terapeuta Ocupacional nessa mesma associação. Durante a apresentação foram abordadas as características gerais da doença, sua etiologia, sinais de alerta e formas de intervenção.

A manhã contou ainda com a presença de Fernando Batista, professor e fundador do projeto “Carrinha dos Sorrisos”, que realça a importância da Risoterapia como uma forma alternativa de intervenção, levando sorrisos aos contextos de educação, saúde, organizacionais, etc. Durante a sessão alunos e professores tiveram oportunidade de experienciar as sensações da Risoterapia através da realização de algumas dinâmicas. 

A Diretora Pedagógica, Sandra Monteiro, marcou presença em todas as sessões, valorizando a importância de iniciativas desta natureza para a promoção do conhecimento e do bem-estar de toda a comunidade escolar.

A Automedicação, o tema central da parte da tarde, não pode ser regra de vida, mesmo em doenças leves como constipações ou febres ligeiras, exigindo informação e aconselhamento dos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros ou farmacêuticos). Esta foi a conclusão da mesa redonda dinamizada por alunas do Curso Técnico Auxiliar de Saúde.

Esta iniciativa das alunas Adriana Veloso e Carla Monteiro marcou a primeira tarde da Semana da Saúde e contou com a participação da médica Elisabete Sousa, do enfermeiro Mário Santos, e da diretora Pedagógica Sandra Monteiro.

“É verdade que todos temos alguma tentação para recorrer á automedicação” – admitiu a médica Elisabete Sousa que definiu os medicamentos sem receita como “aqueles que mesmo tomados para além das quantidades normais não produzem efeitos tóxicos”.

Muitas vezes, evitar faltas ao trabalho, pagar consultas ou lotação das urgências levam as pessoas a recorrer à automedicação “mas eu não sou a favor”. São argumentos que permitem ao enfermeiro Mário Santos ser mais tolerante desde que o “acesso seja devidamente informado pelo médico, enfermeiro de família ou farmacêutico, sempre coma ressalva de, após três dias, se se mantiverem os sintomas, ir ao médico”.

Mário Santos lembrou à plateia: “devemos ser responsáveis pela nossa própria saúde, evitando o tabaco, tendo hábitos alimentares saudáveis e automedicação”. Concluindo, “concordo a automedicação, mas com reticências, dependendo da pessoa e da situação”.

Ambos os técnicos de saúde se opõem à venda de medicamentos nos supermercados porque ali não há “qualquer aconselhamento aos utentes” e “todo o medicamento tem uma contraindicação”.

Pior ainda é “recorrer á internet para se automedicar. É muito perigoso e é precisa saber bem o que estamos a consultar” – sublinhou Elisabete Sousa.

Quanto à diferença entre medicamentos genéricos e de marca, o enfermeiro Mário Santos garante que os “primeiros também cumprem os apertados requisitos de segurança. À partida têm a mesma eficácia”.

Outro tema, abordado nesta mesa redonda, foi o da venda de suplementos através da publicidade televisiva. Trata-se de produtos que “não estão sujeitos a testes de segurança como os exigidos aos medicamentos. É preciso muito cuidado com estas vendas porque há muita proposta ilegal”.