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Alunos da EPATV debatem prós e lado negro das energias verdes

Alunos da EPATV debatem prós e lado negro das energias verdes

As vantagens e o lado negro das energias verdes foram, no dia 8 de fevereiro, o tema central da segunda etapa das Jornadas Ambientais, dinamizadas pelos cursos de Eletrotecnia e Mecatrónica Automóvel da Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV).

As jornadas constaram da exibição de dois documentários e debates finais, moderados pelos prof. Carlos Marinho e Francisco Gomes.

O “Lado negro das energias verdes” que necessitam de muito cobre e lítio — recursos não renováveis — é um documentário emitido pela RTP (cf. https://www.rtp.pt/programa/tv/p39590) que levou os alunos a avaliarem os carros elétricos, aerogeradores, painéis solares… com a promessa de um mundo mais próspero e pacífico, livre de petróleo e poluição. Mas esta tese pode ser um mito: ao libertarmo-nos dos combustíveis fósseis, estamos a preparar uma nova dependência de metais raros e não renováveis. E se o “mundo verde” que nos espera se revelar um novo pesadelo? Esta é a pergunta das jornadas que — de acordo com o prof. Francisco Gomes —tem uma resposta: “todos temos de reduzir o consumo destes produtos, sejam energias fósseis, sejam energias verdes”.

O prof. Carlos Marinho apresentou o documentário que alerta para os riscos da energia verde que fazem disparar o consumo de cobre e de lítio. A continuar assim, dentro de 30 anos, vamos consumir 800 milhões de toneladas de cobre, a mesma quantia que produzimos, até agora, na história da humanidade.

O Chile depara-se hoje com a escassez de um mineral — 470 mil toneladas por ano — cuja extração contamina os solos, consome dois mil litros de água por segundo e contamina os solos de vários milhares de quilómetros quadrados, causando doenças cardiovasculares e cancros pulmonares.

Assim, conclui-se que esta moda da energia limpa, verde e renovável “não é tão virtuosa” e ninguém pode garantir que as “emissões de CO 2” vão diminuir. Acresce que 75 por cento dos metais raros está na China que, após o monopólio das minas, quer o controlo das fábricas, num tempo em que se vai acentuar uma feroz competição aos fabricantes de carros na Europa.

O segundo documentário, ( cf. https://www.youtube.com/watch?v=ZuXgMWDC_Ck) apresentado pelo pelo prof. Francisco Gomes, apresentou uma visão mais positiva para o futuro, acerca do carro elétrico, muito menos sujo que os actuais veículos alimentados pelo petróleo (gasolina e gasóleo). Diminuirá a poluição dos mares (através de petroleiros) e dos solos (provocada pelas refinarias e transporte em veículos que consomem gasóleo mas desperdiçam cerca de 70 por cento do combustível, uma vez que os motores apenas aproveitam 30% de energia. Baixará também o consumo de energia para a sua extração, transporte e armazenamento.