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Provas de Aptidão Profissional de Cozinha/Pastelaria: excelência e respeito total pela sustentabilidade

Provas de Aptidão Profissional de Cozinha/Pastelaria: excelência e respeito total pela sustentabilidade

Entre os dias 15 e 16 de maio, os alunos do 3º ano do curso Técnico de Cozinha/Pastelaria realizaram as Provas de Aptidão Profissional. Este ano foram submetidos dois projetos gastronómicos que, com conceitos e estilos diferentes, trabalharam a conceção de um restaurante com total respeito pela sustentabilidade.

Os alunos apresentaram os pratos perante um júri constituído por vários elementos, a maioria pessoas de renome nos setores da restauração, hotelaria e turismo: Camilo Sousa, presidente do júri, representante da APOHRT (Associação Portuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo), Vítor Sousa, do Restaurante Alma d’Eça, Agostinho Peixoto, representante do Turismo Porto e Norte, os chefs Diogo Novais Pereira, do Restaurante Porinhos, Marco Gomes e José rei, chef e subchef do Hotel Torre de Gomariz, e Amaya Guterres, da Quinta do Prazo e Brain Treat Center. No dia 16 de maio, Rafael Oliveira, do Minho In, e José Vinagre, chef do Hotel Meliá e antigo formador na EPATV, também participaram como jurados. Em representação da escola, estiveram a diretora pedagógica, Sandra Monteiro, e a professora Helena Sousa, diretora de turma.

O primeiro projeto, foi apresentado a 15 de maio, sob o tema “Restaurante Roots”, dos alunos Diogo Meira, Lucas Barbosa, João Machado, Marta Maurício, Martim Vilas Boas, Mariana Correia, Miguel Barbosa e Rafael Dias. O almoço foi servido por colegas do 3º ano sob orientação dos formadores Rodolfo Meléndrez, Nuno Silva e Américo Silva. A preparação teve início por volta das 10h, sendo que a apresentação dos pratos se fez pelas 11h45.

A ementa contemplou, como entrada, Vieiras em cama de batata-doce e vinagrete de maracujá e abacate, por Diogo Meira, e um Pica-pau de alcatra, pimentos e cogumelos, por Lucas Barbosa. Como prato de peixe, Tamboril na chapa, bouillabaisse, sua quenelle e rouille, de Rafael Dias, e um Arroz cremoso de lavagante e seu perfume, de Mariana Correia. Quanto ao prato de carne, os finalistas apresentaram um Leitão a baixa temperatura, canelone de batata e picado de granny Smith, de Miguel Barbosa, e um Magret de pato, legumes salteados e molho de frutos silvestres, de Martim Boas. Na sobremesa, uma Tarte de limão merengada e crumble de baunilha, de João Machado, e um Mil folhas de avelã, praliné e gelado de laranja, de Marta Maurício.

A segunda prova decorreu a 16 de maio, com a apresentação de um projeto intitulado “Restaurante O Veleiro”, dos alunos Bernardo Gonçalves, Daniel Paulino, Daniel Soares, Diana Castro, Eduardo Eirinha, Iris Azevedo, Rafaela Leão e Tiago Ferreira. A preparação teve início pelas 10h sendo que a apresentação dos pratos se fez pelas 12h. O almoço foi servido por colegas do 3º ano, sob orientação dos formadores Rodolfo Meléndrez, Nuno Silva e Américo Silva.

Desta feita, a sugestão para entrada foi uma Açorda de marisco, preparada por Bernardo Gonçalves, e Tortellini de espinafres e ricota, de Eduardo Eirinha. Para os pratos de peixe, os alunos Daniel Paulino e Rafaela Leão prepararam um Filete de linguado com camarão e um Arroz de polvo, respetivamente, seguindo-se os pratos de carne em que foram propostos um Medalhão de boi, de Iris Azevedo, e um Cabrito assado, de Daniel Soares. Para sobremesa foram servidos ao júri, um “Finger” de Chocolate e Laranja, por Diana Castro, e Pastéis de Santa Clara, por Tiago Ferreira.

Em reação a estes dois projetos apresentados, o representante do Turismo Porto e Norte, Agostinho Peixoto, deixou grandes elogios à turma de Cozinha/Pastelaria. “Estão todos de parabéns pelo conceito que criaram e pela qualidade dos trabalhos”, realçou, apelando aos alunos para prosseguirem na área da restauração.

O chef do Hotel Meliá, José Vinagre, também elogiou as prestações, deixando o voto de que permaneça esta forma de trabalhar. Sublinhou, ainda, o contributo dos professores e formadores na excelência do desempenho, porque “sem semente não há fruto. Desejo que o futuro seja risonho para todos vós e que daqui a pouco estejam no topo”, acrescentou.

Diogo Novais, chef do Restaurante Porinhos, mostrou-se surpreendido pela qualidade das ementas apresentadas. Sendo a primeira vez que veio avaliar uma Prova de Aptidão Profissional na EPATV, considerou bom o nível técnico, o que prova, na sua opinião, que os alunos aplicaram bem os conhecimentos adquiridos nas aulas. Deixou, também, um apelo aos finalistas para que prossigam os estudos “para terem estrutura, para aplicarem bem as técnicas no sítio e na hora certos e para construírem a vossa carreira. Isso é fundamental.”

Camilo Sousa, presidente do júri e representante da APOHRT, agradeceu à direção da EPATV e aos seus formadores, assim como aos alunos pela prestação que tiveram, apelando a que não se esqueçam daqueles “que para além de vos ensinarem, vos transmitiram valores, dedicação e carinho”.

Vítor Sousa, do Restaurante Alma d’Eça, afirmou estar satisfeito com toda a oferta apresentada na prova e desejou felicidades aos alunos. Sublinhou que, para além da qualidade técnica das provas, viu “humildade” e deixou um apelo: “que a humildade nunca vos abandone, porque se forem humildes no vosso percurso profissional, serão melhores”.

O representante do Minho In, Rafael Oliveira, elogiou a qualidade dos formandos, vendo neste bom resultado o reflexo da qualidade dos formadores da EPATV. “Vocês estão a sair de uma das melhores escolas deste ramo [hotelaria e restauração] até ao 12º ano a nível nacional. Aquilo que vimos hoje demostra isso mesmo: vocês souberam aproveitar, porque tecnicamente estão todos muitíssimo bem e isso é uma mais-valia”. Terminou com um incentivo ao prosseguimento de estudos como condição para melhorar a gastronomia tradicional.

O chef Marco Gomes e o subchef José Rei, ambos antigos formandos da EPATV, reconheceram o mérito dos projetos, sublinhando que a qualidade dos formandos melhorou muito desde o tempo em que deixaram a escola. “Eu vejo que a escola tem evoluído bastante”, afirmou Marco Gomes. Para José Rei foi um enorme prazer “voltar a casa” desta vez enquanto jurado e congratulou os finalistas pelo seu bom resultado.

“A escola hoje está muito orgulhosa e muito agradecida”, sublinhou a diretora Sandra Monteiro que viu nos elogios dos diferentes parceiros a prova que dá “credibilidade ao trabalho que temos feito ao longo destes trinta anos”. Também deixou um forte agradecimento a toda a equipa formativa pelo seu esforço, descrevendo-a como responsável pelo sucesso desta Prova de Aptidão Profissional. Sandra Monteiro terminou o discurso com um grande elogio à turma do 3º ano de Técnico de Cozinha/Pastelaria deixando votos de muito sucesso e de felicidade. “Regressem sempre a esta casa que é vossa. Serão sempre muito bem-vindos”, frisou.

A diretora de turma, Helena Sousa, também concordou com a descrição feita por Sandra Monteiro e parabenizou a turma, exprimindo o voto de que leve para a vida profissional as lições que aprenderam ao longo destes três anos de estudo. “Desejo que sejam humildes como foram até agora”.