Grandfather’s House: o desafio de criar

Rita Sampaio

Vocalista em GrandFather’s House

In Revista TER 28

Cada individuo se forma em função do meio em que nasce e cresce naturalmente… A sociedade molda o Homem mas também é o Homem o único capaz de moldar a sociedade. Penso que a ambição de qualquer ser criativo é ter a capacidade de se desenvolver e de se reinventar.

A meu ver isso implica que não nos deixemos adormecer pelos princípios e limites que nos são impostos, implícita ou explicitamente, pela sociedade. Cada um de nós tem um papel único na sociedade como seres únicos que somos. Mas são esses, os que “saltam fora da caixa”, que se questionam a si mesmos e ao que os rodeiam, que lutam em prol do desenvolvimento e contra a estagnação.

É verdade que realmente criei algo (claro que não estava nem estou sozinha nesse processo de criação) que mudou a minha vida e de facto a dos que me rodeiam. No entanto, não é verdade que para isso coloquei os meus interesses em segundo ou terceiro plano. Mantenho-me focada nos meus interesses e dos meus colegas para que consiga criar algo fiel a mim mesma e à nossa identidade como grupo.

Penso que o importante é o desafio. É perceber onde é a zona de conforto de cada um de nós e tentar desafiar-nos a sair dela. Amar aquilo que fazemos, fazer aquilo que nos move! Só assim algo pode fazer sentido.

Não posso deixar de agradecer pelo convite a comentar a questão em causa , principalmente quando sou mencionada, juntamente com os meus colegas Tiago e João, como sendo bem sucedida e inovadora!